No post anterior comentei sobre a Pedagogia Waldorf e como podemos aplicá-la na confecção dos amigurumis. (https://kirasatelier.blogspot.com/2021/04/a-pedagogia-waldorf-e-os-amigurumis.html)
Segundo o método, crianças se identificam mais com bonecas de feições mínimas - somente o olho. Isso porque, bonecas que tem só a intenção de uma expressão tendem a estimular a criatividade da criança, que busca reproduzir a realidade: rimos, choramos, somos felizes, ficamos tristes... Na boneca ela encontra uma vazão para seus próprios sentimentos.
Para além dessa associação pedagógica, no caso dos bonecos de crochê, com a técnica conhecida como amigurumis, temos uma outra influência muito clara do que ficou conhecido no Japão como "cultura Kawaii".
Kawaii" é um adjetivo da língua japonesa que significa "fofo"
A chamada "Cultura kawaii", se desenvolveu no Japão a partir dos anos 1970, com mais força nos anos 1980. Ela é a valorização de tudo o que é fofo, inocente, infantil. Cheio de cores candy, babados, fitas, looks de boneca, com influência vitoriana cheio de volume... O ícone mais pop dessa cultura é a boneca Hello Kitty e a moda Lolita.
Nesse cenário, os bonecos de crochê chamados de amigurumi ganham força e adeptos.
Se você está pensando nos mangás, cabelos coloridos, olhões e expressões exageradas, SIM, essas características também podem entrar aqui mas, para falar delas, precisarei discorrer também sobre o termo "chibi" e a história do crochê e, consequentemente, do amigurumi, no Japão.
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